Santana – 26/Jul/2016
Santana recepciona os visitantes que, ao atravessar a Ponte da Bandeiras, adentram à Zona Norte, rumo a qualquer um dos seus 15 distritos. A principal transposição do rio Tietê se faz por esse caminho, através do eixo das avenidas Tiradentes e Santos Dumont. Santana é passagem obrigatória, a primeira referência do “outro lado do rio”, o maior centro comercial da região, em torno da estação de metrô. De certa forma se pode dizer que Santana é a “capital” da Zona Norte. E comemora 234 anos no dia 26 de Julho.
Centro de Santana, no entorno da estação do metrô.
ATRAÇÕES – Seus principais destaques são o Parque de Exposições do Anhembi, o aeroporto do Campo de Marte e o Parque da Juventude, que ao colocar no esquecimento os dias difíceis do Presídio no Carandiru, hoje oferece à população a biblioteca pública mais moderna da cidade e duas unidades da ETEC, além de um grande parque e espaços esportivos. Mais discretamente, Santana oferece aos interessados o Teatro Alfredo Mesquita, o Centro de Zoonoses (com suas feiras de doação de animais) e o Observatório Metereológico da cidade. A ciclovia da av. Braz Leme foi uma das primeiras construídas na cidade, serpenteando entre o belo corredor verde dessa avenida. O SESC Santana, na av. Luis Dumont Villares, é outro espaço cheio de atividades.
Formula Indy nas ruas do bairro. |
LIVROS – Santana se coloca entre os bairros de São Paulo que fazem parte da história brasileira, como escreve Maria Celestina Teixeira Torres em seu livro O Bairro de Santana: “A sede da fazenda jesuítica de Santana situava-se exatamente onde hoje se ergue o Quartel do Exército. Na época da independência do Brasil nela residiam os Andradas. Segundo o depoimento do pe. Manuel Joaquim do Amaral Gurgel, aí teria sido redigido por José Bonifácio, em dezembro de 1821, a representação do Governo Provincial, que teria contribuído para o “Fico”, do príncipe-regente Dom Pedro”. Outro livro, Santana – Sua História e Suas Histórias, organizado por Ricardo Voltolini, lembra a transição da ponte de madeira para a ponte de concreto: “De reforma em reforma, a Ponte Grande seria mantida como único caminho de passagem para a capital até a década de 40. Apenas em 1942 ela viria definitivamente abaixo. Não por obra de mais uma chuva forte ou alagamento do rio. Mas sob o impacto das picaretas dos funcionários da prefeitura. Em seu lugar surgiria a Ponte das Bandeiras, pondo fim ao martírio dos moradores de Santana nas épocas de cheias do Tietê”.
Encontro do Movimento Santana Viva. |
Biblioteca de SP no Parque da Juventude. |
MOVIMENTOS – Apesar de possuir um Índice de Desenvolvimento Humano – IDH que o coloca em 19º lugar entre os 96 distritos da cidade, Santana tem problemas, como todo bairro paulistano. Nos últimos tempos tem crescido o número de pessoas dormindo nas ruas, em situação de mendicância, o que não foi solucionado, em que pese a criação de um grande centro de acolhida para pessoas em situação de rua na av. Zaki Narchi. Essa e outras questões têm sido discutidas em fóruns produzidos pela sociedade civil local. A Distrital Norte da Associação Comercial, a Rede Social Zona Norte e o Movimento Santana Viva são exemplos de espaços em que os problemas urbanos são discutidos e soluções são buscadas, junto ao poder público.
Santana, com Parque da Juventude, ETEC e estação Carandiru do metrô.
Minudências:
@ No dia 26 de Julho se comemora o dia de Santa Ana, padroeira do distrito de Santana. Segundo o jornal A Gazeta da Zona Norte, em 1782, portanto há 234 anos, o papa Pio VI determinou Sant´Ana (mãe de Maria e avó de Jesus) como padroeira dessa região.
@ Durante três anos as ruas de Santana, em torno do Parque do Anhembi, receberam corridas do calendário oficial da Formula Indy.
@ Em Julho/2014 o movimento Santana Viva conquistou para a região uma obra inédita (AQUI) em termos de urbanismo na cidade: a revitalização e transformação em corredor verde, de 700 metros nos baixos da Linha 1 – Azul do metrô, com instalação de uma ciclovia.
@ A população do distrito de Santana é de 118.797 habitantes (IBGE 2010). Seus principais bairros são Carandiru, Jardim São Paulo, Bairro Siciliano, Vila Bianca, Santa Terezinha, Chora Menino, Imirim, Água Fria, Vila Paulicéia, entre outros.









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