Casa Verde Baixa – Junho/2016

      Apesar de estar a apenas cinco km do centro da cidade, a Casa Verde permaneceu como um bairro "interiorano" ao longo das décadas. A proximidade com a pista do Campo de Marte por muito tempo freou o surgimento de prédios altos. Porém isso ficou no passado, e a Casa Verde vai aos poucos perdendo aquele ar provinciano que sempre a caracterizou.

 

O passado e o presente lado a lado na rua Saguairu, centro da Casa Verde.O passado e o presente lado a lado na rua Saguairu, centro da Casa Verde.

 

REFERÊNCIA – O Condomínio Porto Seguro, na rua Profª. Ida Kolb, foi o primeiro registro de prédios elevados no bairro.Construído há mais de trinta anos, a sua cor vermelha o torna referência para quem passa pela av. Marginal do Tietê. São quase 3 mil moradores em suas 11 torres e 760 apartamentos. Lembrando um clube, o conjunto tem até uma grande piscina para deleite de seus moradores. O que poucos sabem é que ele foi construído sobre o antigo campo de pólo equestre da família que dá nome à região: Parque Souza Aranha.

 

Espigão na rua Kiel, entre casas.Espigão na rua Kiel, entre casas. Conjunto onde antes havia um campo de pólo.Conjunto onde antes havia um campo de pólo.

 

“BOOM” – O impedimento de construir espigões devido ao aeroporto caiu por terra quando, há cerca de 15 anos, na famosa esquina das ruas Kiel e Zanzibar, onde outrora existiu a casa histórica de Amador Bueno, foi construído uma torre com mais de 25 andares. O visível isolamento desse prédio dá mostra de que a Casa Verde deve encarar em breve um grande “boom” de novas edificações, tão logo seja superada a crise imobiliária que acompanha as dificuldades econômicas do país. Na rua Saguairu, um prédio residencial de 25 andares está para ser inaugurado. Soma-se a essa altura do prédio, incomum para a Casa Verde, o fato dele estar situado num trecho elevado, na parte central do bairro.

 

Obra do 1º Batalhão da PM Ambiental, onde por décadas houve um terreno vazio usado para festividades.Obra do 1º Batalhão da PM Ambiental, onde por décadas houve um terreno vazio usado para festividades.

 

BATALHÃO – Porém para o casaverdense antigo, a alteração urbana que mais marca essa mudança histórica no bairro é a construção do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, na grande área em frente ao colégio Matão, na rua Profa. Ida Kolb. Acostumado a ver esse terreno vazio ser usado para todas as festividades do bairro, junto com a feira livre dos Sábados, os moradores agora terão que se acostumar com a perda desse espaço de lazer de crianças e adultos. Os espaços livres na cidade são cobiçados pelo poder público para a construção de equipamentos, e foi o que aconteceu com essa grande área livre no coração da Casa Verde.

Minudências:
@ Veja AQUI a Sessão Solene de aniversário da Casa Verde em 2015, em que foi apresentada a obra do 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental.
@ Esse batalhão tem atualmente sua sede na av. Rio Branco, nos Campos Elíseos.
@ O crescimento da cidade fez com que o pólo equestre deixasse de ser praticado na região, mas a família Souza Aranha mantém o time de pólo da Casa Verde até hoje, no interior do estado de São Paulo.
@ Preservando a memória de outros tempos, o centro do bairro mantém a praça Centenário, que devido ao seu tamanho e densidade verde segue como uma referência do passado “interiorano” da Casa Verde.
@ Saiba mais sobre a Casa Verde no livro Eis Aí a Casa Verde, lançado no centenário do bairro, em 2013. Consulte como adquirir através do email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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  • Visitante - Rafael

    Morei no condominio porto seguro , e estudei no colegio matao. Me mudei de sp faz 17 anos e fiquei muito triste em saber que acabarao com o espaço do varejão como agente chamava e muito bom juntar os amigos pra se divertir la e agora fica mais dificil pra juventude ter lugares assim pra se divertir

  • Visitante - Cibele Castilho

    Insatisfação de toda comunidade, um espaço aberto para grandes comemorações, feiras e diversão para crianças do bairro. Os políticos conseguem acabar com o pouco que resta, ficamos presos nas mãos deles, ninguém pediu a opinião dos moradores locais.