Av. Dep. Cantídio Sampaio, alt. nº 4000, Brasilândia - 27/Out/2012

      Está ameaçado o terreno com projeto para ser o Parque Municipal da Brasilândia. Conforme denúncia recebida por moradores, a reportagem constatou a construção de mais de trinta barracos, e demarcação para novos, na parte oculta da área, junto ao córrego da Onça. A subprefeitura tem conhecimento do problema.

 

Barraco em obra e demarcação da área.Barraco em obra e demarcação da área.

 

Trata-se de uma área preservada de mais de 200 mil m2, "ilhada" entre conjuntos habitacionais populares e moradias precárias. Por muitos conhecida como "terreno do Sílvio Santos", uma parte pertenceria à Liderança Capitalização, empresa do grupo do animador de televisão, e outra parte aos herdeiros da antiga empresa Ítala, cujas ruínas ocupam uma parte da área. 

Vagner Fernandes, morador do Jardim Damasceno, acompanhou a reportagem e mostrou a área queimada ao lado da av. Dep. Cantídio Sampaio. Para ele isso significa o preparo da terra para ocupação pelos "invasores". Porém a construção de barracos está sendo feita no lado oposto, no vale profundo do córrego da Onça. Por ser um trecho oculto e sem visualização, fica facilitada a ocupação.

 

A exuberância verde da área.A exuberância verde da área.

 

A subprefeitura Freguesia/ Brasilândia tem conhecimento da recente invasão. O chefe de gabinete Marcelo Gomes afirmou que por ser uma área ainda particular, os fiscais da subprefeitura ficaram impossibilitados de agir. Ele aguarda um posicionamento mais efetivo da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA) para articular uma ação. 

Por coincidência, na última reunião do CADES (conselho municipal que discute problemas sócio-ambientais da cidade) realizada no Ibirapuera no dia 24/10, os conselheiros Quintino Viana e Eugênio Pinese, membros do movimento DamascenoJá!, protocolaram um ofício sobre a demora do CADES em responder sobre a atual situação do terreno, e a execução do parque. Carlos Fortner, chefe de gabinete da SVMA, afirmou que em cerca de três semanas seria agendada uma reunião para tratar disso.

 

Agrupamento de barracos já formado.Agrupamento de barracos já formado.

 

A reportagem caminhou pela mata para chegar à parte de trás da ocupação, onde barracos estão em construção e já há demarcação para outros subirem. O córrego da Onça passa bem embaixo, no fundo de um vale cuja vegetação exuberante lembra paisagens da mata atlântica ou da floresta amazônica. O risco de transformação dessa esplêndida área verde em uma favela como Paraisópolis é real, e a corrida pela sua preservação precisa ser feita contra o relógio. 

Minudências:
@ O "mateiro" Vagner Fernandes, durante a caminhada pela mata, mostrou os restos de um bugio morto, segundo ele há poucos dias.
@ O córrego da Onça estabelece a divisa entre os distritos Jaraguá e Brasilândia. Á área em questão fica no distrito Brasilândia. O córrego já passa muito poluído nesse trecho.
@ Um pouco abaixo, o córrego da Onça se encontra com o córrego Bananal, na várzea do Jardim Damasceno. Aí está em curso uma obra da SABESP, que as placas informam que são obras de despoluição do rio Tietê.

 

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  • Visitante - ROSEANI

    QUERO SABER SOBRE ESSA AREA,INVADIDA,DA ZONA NORTE,A 5 ANOS,POR 3 A 5 MIL FAMILIAS,A PREFEITURA VAI REGULARIZAR,PARA MORADIA,OU ENCAMINHAR PARA APTO?

  • Visitante - Edvanio pereira silva

    Olá bom eu sou edvanio gostaria de saber se a prefeitura vai regularizar esse terreno estam construindo como vcs vão fazer nessa situação vão deixar expandir mas ainda as construções ou vão impedir é liberar casas pra as pessoas