Av. Dep. Cantídio Sampaio, Jd. Damasceno – 04/Jul/2013
Foi feito mais um esforço para deter a transformação do que seria o futuro Parque da Brasilândia em uma nova “Paraisópolis”. Vereadores, subprefeitura, GCM e Polícia Militar, lideranças comunitárias e a imprensa estiveram na área de 310 mil m2, para tentar frear o processo acelerado de invasão iniciado há quase um ano.
Grande vistoria na área invadida.
TUDO CERTO... - A Rede Globo transmitiu ao vivo do local, junto com outros veículos de mídia, motivando a presença de dezenas de pessoas para acompanhar a vistoria. Trata-se de uma imensa área em processo de desapropriação pela prefeitura, visando a criação de um parque municipal. Aproveitando a lentidão burocrática e a inoperância do poder público, o movimento dos “sem-teto” não se importou com o relevo acidentado e começou a erguer barracos na parte de trás do terreno. O portal mostrou isso em matéria de Outubro/2012 (Veja AQUI).
... NADA RESOLVIDO. - Os vereadores Gilberto Natalini, Aurélio Nomura e Marquito, da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, convocaram essa inspeção. A presença de uma base da Guarda Civil Metropolitana na área tem evitado um aumento da invasão, mas talvez tenha chegado um pouco tarde: cerca de 1.500 família já estão morando na área. Segundo membro da Secretaria de Habitação, em Agosto deve começar o cadastramento das famílias, visando remoção, possivelmente dentro do programa Minha Casa Minha Vida. O vereador Natalini apontou a que a invasão causou a supressão de cerca de 300 árvores, e morte de animais silvestres.
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TENSÃO - Os moradores/invasores, que a principio ficaram com medo do movimento de tantas pessoas e viaturas, começaram a interagir e expor situações que passam no local. Tratando-se de terreno de grande declividade em direção ao córrego do Onça, há sérios riscos de desmoronamento dos barracos. Houve momentos de tensão entre os ocupantes e a comitiva, mas sendo essa em maior número, os ânimos logo serenaram.
NOVA PARAISÓPOLIS - Após a inspeção os vereadores Nomura e Marquito chegaram a dizer que não havia tanto desmatamento assim. Como o terreno é muito grande, a mata ainda é uma presença dominante. Mas basta lembrar de ocupações como a de Paraisópolis (no Morumbi) ou Heliópolis (no Sacomã), para perceber que se houver negligência do poder público, a área será rápida e totalmente tomada por ocupação irregular, tornando inviável a sua transformação em um parque municipal.
Minudências
@ Quintino Viana, morador da Brasilândia há 43 anos e membro do movimento Damasceno Já!, observou que a vegetação está sendo reduzida drasticamente na área.
@ Impressiona a precariedade dos barracos montados, sujeitos a sérios riscos.
@ Clique AQUI para ver a matéria da Rede Globo.
Colaboração de texto: Eugênio Pinese
Fotos: Claudio Rodrigues - AMAVB
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