Auditório da prefeitura regional S/T– 22/mar/2017

      Para reforçar a consciência de uma nova cultura no trato da água, que é um recurso vital e finito, a Divisão de Gestão Descentralizada – DGD Norte2, em parceria com a prefeitura regional Santana/ Tucuruvi, promoveu o encontro Propostas e o Desafio da Água na Zona Norte, convidando técnicos para compor as mesas.  O evento, que fez parte das comemorações da Semana da Água, teve duração de três horas, oferecendo amplo conteúdo ao público, que praticamente lotou o auditório da prefeitura regional.

 

Mesa final: Milene Siqueira, Luis Bíscaro, Caroline Cotrin, Alan Orellana e Walter Tesch.Mesa final: Milene Siqueira, Luis Bíscaro, Caroline Cotrin, Alan Orellana e Walter Tesch.

 

CAUSA – O evento foi conduzido por Milene Siqueira, coordenadora de educação ambiental da DGD Norte2, e teve a abertura feita pela prefeita regional de Santana/ Tucuruvi Rosmary Corrêa. “Vocês aqui sabem da importância do meio ambiente, mas falta consciência nas pessoas.  Esse auditório está cheio de pessoas que vão levar para fora, para a comunidade, a importância do meio ambiente e a importância da água”, considerou a prefeita regional.  Pelo Divisão de Gestão Descentralizada da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente falou o seu diretor Walter Tesch: “Precisamos de uma causa, de uma crença intersubjetiva, e acredito que a nossa causa é uma cidade em que possamos conviver com qualidade de vida”, afirmou Tesch.

 

Prefeitos regionais na abertura.Prefeitos regionais na abertura. Ronaldo Malheiros, da Defesa Civil.Ronaldo Malheiros, da Defesa Civil.

 

PALAVRA I – A primeira exposição foi feita por Ronaldo Malheiros, geólogo coordenador de ações preventivas e recuperativas do Conselho de Defesa Civil.  “Cada vez mais teremos que nos adaptar com relação à água, e cobrar políticas públicas”, afirmou Malheiros. Porém sua preocupação  maior não foi com a questão do abastecimento, e sim com todos os riscos que relativos à Defesa Civil, como enchentes, inundações e áreas de risco, especialmente com o advento das mudanças climáticas.  “Educação é a grande mestra das questões.  Temos que ter uma abordagem sistêmica, cuidar das áreas de erosão e adotar as bacias hidrográficas como unidade de análise de ações de prevenção de desastres relacionados a corpos d´água”, enfatizou o geólogo. 

 

PALAVRA II – Em seguida Walter Tesch, diretor da Divisão de Gestão Descentralizada da SVMA, apresentou o tema “Desafio na Sociedade: Vivermos Juntos”. Pensando em termos de educação ambiental, Tesch apresentou a Divisão de Gestão Descentralizada, que dentro da Secretaria do Verde e Meio Ambiente carrega a bandeira da descentralização de ações, visando a participação das pessoas.  A Zona Norte é dividida em duas:  a DGD Norte1 e DGD Norte2, e a estrutura de cada uma delas propõe ter analistas ambientais para a fiscalização do território, e coordenações para aplicar educação ambiental e cuidar da arborização.  Para vencer os desafios ambientais de uma metrópole, Tesch propôs a construção de uma intersubjetividade, unindo pensamentos distintos através de ações estruturadas no território. 

 

Valter Tesch, diretor dos DGDs.Valter Tesch, diretor dos DGDs. “Água... O maior bem da vida!!”“Água... O maior bem da vida!!”

 

PALAVRA III - Caroline Cotrin, bióloga e técnica da SUVIS – Supervisão de Vigilância em Saúde J/T, relatou os programas desenvolvidos pela UVIS - Unidade de Vigilância em Saúde, que atua em vigilância epidemiológica, vigilância ambiental e vigilância sanitária na Zona Norte. Considerando a água como um potencial vetor de doenças, em caso de contaminação, a UVIS tem ações de coleta e análise da qualidade da água oferecida à população.  Essa coleta é feita no cavalete de água junto à entrada nas casas.  Se sucessivos casos de doença acontecem numa região específica, os analistas intensificam a análise nessa região. Outra preocupação é a situação precária dos córregos na região. O controle da proliferação de roedores nos córregos pode evitar a incidência de leptospirose.  Caroline mostrou a dificuldade que os técnicos têm para trabalhar em córregos praticamente cobertos por edificações. 

 

PALAVRA IV – Os técnicos da SABESP Luis Antonio Bíscaro e Alan Orellana fizeram uma apresentação da atuação da empresa no processo de despoluição do rio Tietê e no tratamento de esgotos na região.  Bíscaro falou sobre o Projeto Tietê, e iniciou sua palestra localizando a cidade de São Paulo na região do Alto Tietê, sendo essa uma razão para as dificuldade de se despoluir esse rio:  o Tietê nasce na cidade de Salesópolis, e a mancha urbana da Grande São Paulo está relativamente perto dessa nascente, quando o rio ainda tem uma vazão pequena, ao mesmo tempo que recebe uma grande carga de dejetos.  Para enfrentar essa questão está em curso o Projeto Tietê, cuja primeira etapa iniciou há 22 anos, em 1995. Segundo Bíscaro as etapas 1 e 2 consumiram um investimento de US$ 1,6 bilhão na estruturação das estações de tratamento, e no interceptação do esgoto na eixo do rio Pinheiros. A etapa 3, em que o projeto se encontra, iniciou em 2010 e tem seu foco na coleta e tratamento de esgoto da bacia do Tietê, que inclui a ZN, no entorno dos córregos Cabuçu de Cima e Cabuçu de Baixo. O investimento estimado nessa etapa é de US$ 2 bilhões, o que inclui a ampliação das estações de tratamento. Essa etapa 3 deveria terminar em 2014, contudo teve seu prazo esticado para 2020.  A etapa 4, que vai atingir as periferias mais extremas, ainda não tem o seu financiamento garantido.  Entre as dificuldade listadas por Bíscaro para o avanço mais rápido do Projeto Tietê estão a ocupação irregular dos fundos de vale (exatamente onde devem ficar os coletores principais), a falta de adesão dos clientes às redes de esgoto e também a viabilização dos recursos financeiros, entre outras dificuldades. O técnico Alan Orellana deu mais detalhes das ações de despoluição de córregos realizadas na ZN, através da coleta de esgotos.

 

Público presente no auditório da prefeitura regional S/T.Público presente no auditório da prefeitura regional S/T.

 

Minudências:
@ Na abertura estiveram presentes, além da anfitriã Rosmary, os prefeitos regionais Paulo Cahim (Casa Verde/ Cachoeiria), e Dario Barreto (V. Maria/ V. Guilherme).
@ Finalizadas as palestras foi aberto um momento perguntas livres do público.
@ A cidade de São Paulo é dividida em 10 Divisões de Gestão Descentralizada, sendo duas na ZN, três na Zona Sul, duas na Zona Leste e duas na região Centro-Oeste.
@ Na ZN a DGD Norte1 atua na região da Freguesia, Pirituba e Perus, e a DGD Norte 2 na região da  Casa Verde, Santana e Jaçanã/ Tremembé.
@ A diretora da DGD Norte2 é Silmara Marques.  Os contatos são Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e fone 2951-3508.
@ A Unidade de Vigilância em Saúde - UVIS J/T fica na av. Francisco Rodrigues 435, Jaçanã. Fone 2240-6868.
@ A Zona Norte, em termos de abastecimento de água e tratamento de esgoto, é de responsabilidade da Unidade de Negócios Norte da SABESP, que atende também outros 13 municípios do estado, ao Norte da capital.

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