Rua Dr. Moacyr Vaz de Andrade, V. Gustavo – 28/Mai/2017

      Pretendendo atenuar as polêmicas em torno das ações contra as pixações, a prefeitura, através da Secretária de Cultura, está implantando o projeto Museu de Arte de Rua – MAR,  para valorizar a arte do grafite na cidade.  O primeiro museu foi inaugurado na Vila Gustavo, em uma travessa da av. Antonio Maria de Laet.  O prefeito Doria deixou sua marca no muro, ao pegar uma lata de spray, colorir um coração de vermelho e assinar a obra com a inscrição “Grafite é arte”.  Ele e o secretário de Cultura André Sturm vestiam uma camiseta com o logotipo da empresa patrocinadora, a Colorgin.

  

Extensão do muro do primeiro MAR – Museu de Arte de Rua.Extensão do muro do primeiro MAR – Museu de Arte de Rua.

 

EDITAL – “Esse é o primeiro Museu de Arte de Rua, serão cinco implantados em São Paulo. Começamos aqui na Zona Norte com a escolha dos grafiteiros. Sendo assim, passará a ser um ponto de visitação da cidade. Será um painel onde as pessoas poderão desfrutar dessa arte e ao mesmo tempo, proporcionar estímulo às crianças pelo valor à arte”, destacou o prefeito.   Já o secretário de Cultura mencionou a importância do grafite nas regiões pouco contempladas pelo poder público: “Criamos uma comissão com grafiteiros e construímos juntos esse projeto com edital e muitos inscritos, foram selecionados muitos artistas de muitas regiões da capital, com temas absolutamente livres em um projeto totalmente acolhido pela iniciativa privada, que nos possibilitou fazer o projeto sem recursos da prefeitura”, detalhou Sturm.

 

Prefeito e grafiteiro Doria.Prefeito e grafiteiro Doria. Momento dos trabalhos.Momento dos trabalhos.

 

OTIMISMO – Um dos artistas, Vanderley Jr., grafiteiro há quatro anos, também vê com otimismo a iniciativa. “É bom, acho que é um incentivo pra gente que gasta com grafite e não recebe nada em troca, uma oportunidade de colorir a quebrada. Sou do Jardim Fontalis, e sempre gostei de desenhar, isso sempre me incentivou bastante a ir pra rua e conversar com outros artistas.“, afirmou o jovem que enxerga em seu talento artístico a chave para a saída de muitas mazelas sociais.  Essa ação ameniza o conflito entre o prefeito e as artistas de rua, gerado no começo da atual gestão, quando a prefeitura< à guisa de combater as pixações, apagou grafites na av. 23 de Maio e nos “Arcos do Jânio”. 

 

Um dos dez trabalhos produzidos no primeiro MAR.Um dos dez trabalhos produzidos no primeiro MAR.

 

Minudências:
@ Foi anunciada para breve a  Escola de Arte de Rua com grafite, sob coordenação do secretário de Cultura André Sturm.  Ele afirmou que o intuito é transformar a cidade de São Paulo na capital mundial do grafite.
@ Presentes a prefeita regional de Santana/ Tucuruvi Delegada Rose, e a vereadora Aline Cardoso.
@ Foram produzidos 10 painéis no muro que compõe o MAR do Tucuruvi. 
@ Cada coletivo de artistas recebe entre R$ 10 mil e R$ 40 mil, conforme o tamanho do muro e o número de grafiteiros envolvidos.
@ As despesas com as tintas e os cachês são bancados pela empresa apoiadora.  Nesse primeiro MAR, a empresa Colorgin.
@ Um exército de repórteres acompanhou o evento.  O prefeito se recusou peremptoriamente a responder qualquer questão sobre os últimos acontecimentos na região chamada de “Cracolândia”, no centro da cidade.
@ No final do governo Kassab, tendo Andrea Matarazzo como secretário da Cultura, foi criado o MAU – Museu de Arte Urbana, com grafites nos pilares da Linha 1 do metrô, entre as estações Tietê e Santana.  Essas grafitagens ainda estão lá à mostra.

 

A arte produzida nas ruas.A arte produzida nas ruas. O trabalho em progresso.O trabalho em progresso.

Colaboração de texto e fotos:  Ronaldo Lages.

# Matéria com apoio de Kid Recanto Buffet e Tecnolamp

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