Sai o conceito de “crise hídrica”, entra o de “escassez permanente”. O ápice da crise aconteceu em Janeiro/2015, quando só restava disponível 5% de qualquer água nos reservatórios da Cantareira. Mas nos últimos 12 meses choveu bastante e situação deixou de ser crítica.  Será que aprendemos a lição? A questão da água não poderá mais ser negligenciada ou tratada de forma relapsa. A água é um bem finito, e está escasseando no mundo todo, devido a um consumo irrefletido. A cidade, o país, o planeta pedem uma NOVA CULTURA DE CUIDADO COM A ÁGUA. Por isso o coletivo Aliança pela Água continua ligado, com propostas para 2016.   

 

17/Ago/2016
Às vésperas das eleições, o movimento Aliança pela Água organizou o 2º encontro Diálogos, com o tema “Eleições Municipais e a Nova Cultura de Cuidado com a Água”. Convidados Estela Neves, professora de Política Ambiental na UFRJ; Rodrigo Agostinho, prefeito de Bauru; e Marcela Altale, da consultoria GO Associados.  Marussia Whately, coordenadora da Aliança, abriu o encontro:  “Segue a questão: quem cuida da água?  Ainda não temos essa resposta, mas seguimos procurando”, afirmou.  Está em preparo um Projeto de Lei para criar um compromisso do município com o cuidado da água.  Também se articula formas de levar aos candidatos a prefeito e a vereador a temática da segurança hídrica, que tanto assustou a população em 2014/2015.

 

Profa. Estela Neves, Marcela Altale, Rodrigo Agostinho e Marussia Whately.Profa. Estela Neves, Marcela Altale, Rodrigo Agostinho e Marussia Whately.

 

Estela Neves fez um breve relato da pesquisa sobre as atribuições dos municípios na gestão dos recursos hídricos e do saneamento.   “O motor da pesquisa foi a constatação de que a gente, em momentos de crise, não sabe quem faz o que”.  Segundo ela a autonomia dos municípios sobre a questão da água é maior no Brasil do que em muitos países.  As  razões pelas quais essa autonomia não é exercida passam pelo histórico das políticas públicas sobre o tema, e pela heterogeneidade dos municípios.  Estela considerou que o município deve desenhar a política de recursos hídricos de acordo com seus interesses, deve ser o guardião da qualidade da água, ser produtor de informações relevantes sobre a água e promover práticas ligadas à nova cultura da água.

 

Marcela Altale deu um panorama da precária situação do saneamento no país, onde metade da população não tem esgoto coletado, e desse, apenas 40% é tratado. Apesar de previsões mais otimistas do poder público, segundo Marcela a universalização do fornecimento de água e tratamento de esgoto só deve ser atingida em 2060, mantido o atual ritmo de investimentos. Ela lembrou que em 2017 vence o prazo para os municípios apresentarem seus Planos de Saneamento e que hoje, dos 100 maiores municípios do país, apenas 60% já produziram o plano.  Ficou a preocupação que esses planos sejam feitos às pressas, sem qualidade, apenas para cumprir a lei.   

 

Vista do encontro no Espaço Aldeia.Vista do encontro no Espaço Aldeia.

 

Rodrigo Agostinho está finalizando seu 2º mandato á frente da prefeitura de Bauru.  Ele relatou sua experiência de vida, tendo iniciado na militância ambiental ainda adolescente, exatamente na defesa da qualidade das águas no interior do estado.  O seu depoimento foi rico para mostrar que os municípios têm espaço para atuar em defesa dos interesses dos moradores na área de saneamento, mas precisa ser pro-ativo.  Ele relatou a saga para obter recursos federais para o projeto de saneamento de Bauru, e que esse dinheiro só veio no 6º ano de sua governança, após o município ter investido R$ 2 milhões no projeto executivo.  Rodrigo se mostrou preocupado que os próximos prefeitos, ao não poderem mais se reeleger, não façam investimentos em obras estruturais, que demandam tempo.  Para ele é preciso qualificar os planos na área ambiental, e que eles possam rapidamente ser transformados em projetos executivos, para poderem ser licitados e implantados. 

 

Em seguida foi aberto o diálogo com os presentes. O evento aconteceu no Espaço Aldeia, em Pinheiros, e seguiu a proposta do movimento para 2016, que é 1 – Proposição da “nova cultura da água” em todos os espaços possíveis; 2 – Fortalecimento da rede da Aliança; e 3 – Incluir o tema hídrico nas eleições municipais.   A Aliança pela Água nasceu em Outubro/2014 para representar a sociedade civil no enfrentamento da grande crise hídrica então em curso, e se transformou em um espaço combativo em prol desse elemento vital e finito que é a água.  

 

28/Jun/2016
Segue ativo o movimento Aliança pela Água, nascido em Outubro/2014 para representar a sociedade civil no enfrentamento da grande crise hídrica então em curso. Na verdade essa questão veio para ficar, e não se resume ao volume de água nos reservatórios.  Trata-se sim de se criar uma “nova cultura de cuidado com a água”, repensando velhos costumes e reformulando novas políticas públicas.  Para isso o movimento chamou o encontro “Diálogos sobre a água: aprendizados e perspectivas”, no Espaço Aldeia, em Pinheiros.

 

Público interessado na permanente questão hídrica.Público interessado na permanente questão hídrica.

 

Com a mediação da jornalista Paulina Chamorro, o evento foi aberto por Marussia Whatelly, coordenadora da Aliança, que listou as três prioridades para 2016: 1 – Proposição da “nova cultura da água” em todos os espaços possíveis; 2 – Fortalecimento da rede da Aliança; e 3 – Incluir o tema hídrico nas eleições municipais.  “Todos os níveis de governo têm responsabilidade”, afirmou Marussia.  Em seguida Guilherme Checco apresentou uma nova ferramenta desenvolvida pelo IDS – Instituto Democracia e Sustentabilidade, o infográfico “Água na Mídia” (AQUI), que pesquisa e analisa  temporalmente as matérias publicadas sobre a questão hídrica nos veículos de mídia com maior capilaridade e capacidade de investigação.  Ferramenta valiosa para pesquisadores.

 

Marussia Whatelly, coordenadora da Aliança pela Água.Marussia Whatelly, coordenadora da Aliança pela Água.

 

Mariana Tamari, da Associação Artigo 19 Brasil, apresentou a publicação “O Sistema Cantareira e a crise da água em São Paulo: Falta de transparência, um problema que persiste” (AQUI). O acesso à informação é prioridade numa sociedade democrática, e a crise hídrica que ameaçou seriamente São Paulo expôs como o poder público e os órgãos responsáveis pela gestão hídrica ainda têm sérias limitações no que se refere à transparência e à participação popular.   A publicação analisou detalhadamente a transparência ativa, pesquisando os sites oficiais, e a transparência passiva, através de pedidos de informações baseadas nos direitos oferecidos pela LAI – Lei de Acesso à informação.

 

Ciça Wey de Brito, do secretariado da Aliança pela Água, fez uma apresentação detalhada da publicação “Lições aprendidas com a crise hídrica na Austrália”.  Para lidar com a “Seca do Milênio”, como ficou conhecida a severa estiagem de 1997 a 2012, a Austrália precisou rever todos os seus conceitos antigos de gestão da água.  Essa experiência bem sucedida gerou um relatório produzido por três entidades internacionais, cuja versão sintética para o português foi realizada pelo secretariado da Aliança pela Água, e oferecida a todos no encontro. (Texto completo em inglês AQUI).

 

Paulina Chamorro, Mariana Tamari, Guiilherme Checco e Ciça Wey de Brito.Paulina Chamorro, Mariana Tamari, Guiilherme Checco e Ciça Wey de Brito.

 

Ao final o público colocou questões como o censo enganoso que pode subestimar o número de pessoas nas áreas de mananciais, dificultando políticas públicas; o problema dos poços clandestinos captando as águas subterrâneas da metrópole; como romper o círculo vicioso da informação cerceada, que omite a escassez crônica; e como substituir a visão imediatista (obras) pela visão de longo prazo (uma nova cultura de cuidado com a água).  Esse encontro deu continuidade ao debate sobre essa questão fundamental para a sociedade, principalmente em meios urbanos adensados, distanciados dos recursos naturais, porque sem água não há vida.

  

12/Abr/2016
Ao participar da 1ª reunião aberta da Aliança pela Água, em 21/01/2015 (vide abaixo na pág.), o portal se juntou ao coletivo na luta por uma “nova cultura de cuidados com a água”.  Dessa forma cobriu a presença da Aliança na mesa da sociedade civil , dentro do seminário Água Boa em São Paulo, no auditório da Bienal, no Ibirapuera.  Evento organizado pela UMAPAZ, pela Ecoar e com apoio da Itaipu Binacional.

 

Claudia (Cisterna Já!), Ciça (Aliança pela Água), Bianca (Agência de Desenvolvimento do Alto Tietê), Stela (Águas Claras do Rio Pinheiros) e Miriam (Ecoar).Claudia (Cisterna Já!), Ciça (Aliança pela Água), Bianca (Agência de Desenvolvimento do Alto Tietê), Stela (Águas Claras do Rio Pinheiros) e Miriam (Ecoar).

 

Ciça Wey, do secretariado da Aliança pela Água, expôs a atuação do coletivo, “que se constituiu a partir da aflição das organizações” no final de 2014, quando a crise hídrica atingia contornos dramáticos.  Ciça informou que logo essa coalizão começou a preparar um plano de trabalho, convergindo esforços, porque “não dá para fazer nada sozinho”.   Foram apresentadas as três premissas da Aliança: 1 – Água é um direito humano, não é uma mercadoria.  2 – Todos os níveis de governo têm responsabilidade. 3 – É preciso recuperar e proteger as fontes de água. Ciça mostrou que os sistemas de abastecimento da cidade ainda estão em situação preocupante, e por isso, e pela situação de vulnerabilidade hídrica que veio para ficar, a Aliança, através de diversas ações, trabalha para construir uma transição rumo a uma nova cultura de cuidados com a água.

Claudia Visoni, do movimento Cisterna Já!, relatou a experiência de coleta de águas pluviais através de mini-cisternas artesanais.  “É um movimento em rede, com potencial enorme”, afirmou Claudia.  Ela falou sobre a Escola de Cisterna, composta por um grupo que leva o know-how de construção de mini-cisternas de baixo custo.  Essa é uma experiência que tem tudo para ser implantada principalmente em casas da periferia, gerando uma segurança hídrica às famílias.

Stela Goldenstein, da Associação Água Claras do Rio Pinheiros, iniciou com uma pergunta central: É possível revitalizar as bacias urbanas em área metropolitana?  Para Stela os estudos sobre bacias sempre trabalham com grandes áreas geográficas, bacias regionais, mas nada é discutido sobre bacias urbanas em áreas densamente ocupadas.  E ela mesma respondeu: “Não temos receituário, não temos cardápio ou guias para atuar em bacias urbanizadas. Temos que inventar como fazer isso.” Por isso a Água Claras do Rio Pinheiros está enfrentando o desafio de um projeto-piloto junto ao córrego Jaguaré, afluente do rio Pinheiros.  “Ainda não temos planos urbanos que dialoguem com as bacias urbanas. Em áreas generosas sabemos fazer, mas não temos mais áreas generosas”, afirmou Stela, mostrando a importância de se trabalhar com essa escala de planejamento, a longo prazo, em áreas fortemente edificadas.

 

Momento final do seminário Água Boa em São Paulo.Momento final do seminário Água Boa em São Paulo.

 

Na mesa de sociedade civil, mediada por Miriam Duailib (Ecoar), também falou Bianca Colepicolo, da Agência de Desenvolvimento do Alto Tietê.  “As agências em geral lidam com questões de desenvolvimento econômico, mas a ADAT se propõe a trabalhar com questões do desenvolvimento sustentável, afirmou.

 

07/Abr/2016
A 2ª reunião geral da Aliança pela Água em 2016 aconteceu no Espaço Aldeia, em Pinheiros, com a presença de 23 pessoas representando parte das 65 entidades que compõem o Coletivo.

 

Reunião da Aliança pela Água dia 07/04.Reunião da Aliança pela Água dia 07/04.

 

A Aliança se fortalece para continuar defendendo o surgimento de uma “nova cultura de cuidados com a água”, na medida em que agora conta com recursos da Fundação Ford, no montante de US$ 150 mil, além de um pleito junto ao Desafio Google, cujo resultado está para sair.  Isso permitirá o reforço de uma  estratégia digital e de comunicação, principalmente através das redes sociais, para gerar informação e mobilização, além da necessária dedicação do secretariado e da geração de conteúdo.

O item mais votado no “mapeamento de interesses” feito na reunião anterior foi o do engajamento da Aliança no processo eleitoral, especialmente na cidade de São Paulo. O objetivo é incluir o tema da “crise hídrica” na pauta dos candidatos a prefeito, dado que a responsabilidade pela gestão da água deve ser descentralizada, saindo da visão encastelada do binômio Governo do Estado – Sabesp e indo para as instâncias municipais e para cada cidadão.

Foi duramente criticada na reunião a revogação das políticas de economia de água pela Sabesp, ao eliminar a multa para os “gastões” e o bônus para quem economiza.  Não há evidência de que a crise hídrica tenha se encerrado.  Pelo contrário, se confirma cada vez mais que a questão é estrutural, e a vulnerabilidade hídrica de uma região adensada como a grande São Paulo veio para ficar.  Por isso não se pode abaixar a guarda.

 

17/Fev/2016
Cerca de 40 pessoas participaram da primeira reunião aberta do coletivo Aliança pela Água, em 2016, para avaliação e planejamento das próximas ações.

 

Momento do encontro da Aliança no Cenpec.Momento do encontro da Aliança no Cenpec.

 

Um dos slides trouxe a reflexão: “A primeira coisa que a chuva lava é a memória da seca”.  Esse é um risco real: ao desaparecer a crise mais forte as preocupações arrefecem, a mobilização diminui e daí para a acomodação é um passo. Mas as pessoas e entidades conscientes sabem que isso deve ser evitado. A escassez de água chegou para ficar, novas posturas são necessárias.

Marussia Whatelly e Ciça Wey, do secretariado da Aliança, apresentaram tópicos cuja meta é construir um arcabouço de idéias e ações para a implantação da “nova cultura de cuidado com a água”, que passa pela identificação de papéis e responsabilidades na gestão da água e a inserção desse tema no debate eleitoral 2016, com envio de documentos às candidaturas.  Também é vital a mobilização em torno de temas como a política tarifária, a outorga de captação como instrumento de proteção e recuperação de mananciais, a importância de se investir em saneamento básico, e o estímulo a políticas de reúso de água e captação de água de chuva.

Na parte final os participantes compartilharam experiências e ideias visando manter acessa a chama dessa luta, que é fazer nascer uma nova cultura de cuidado com a água.

Saiba mais sobre a Aliança pela Água em www.aguasp.com.br

 

18/Dez/2015
2015 começou com os reservatórios de água da Região Metropolitana à beira da falência completa:  em 02/02 o nível do Cantareira, já considerado o volume morto, era de apenas 5%.   Depois de muitos meses de seca, chegamos a temer pelo pior.  Mas Fevereiro e Março foram meses de muita chuva, os reservatórios melhoraram e conseguiram atravessar um Inverno de chuvas na média.   A Primavera veio bem chuvosa, então pudemos respirar mais aliviados... 

Em 18/10 o sistema Cantareira estava com 16%.  Hoje, dois meses depois, está com 25,6%.  Tudo indica que em menos de um mês o sistema sai do volume morto. 

Não só São Pedro colaborou.  As pessoas economizaram, a Sabesp se sacudiu pra operacionalizar a oferta restrita de água, a sociedade civil se mobilizou (leia-se o movimento Aliança pela Água, do qual o portal participa e relata abaixo o ano de trabalho)...  tudo isso colaborou... 

A questão não se restringe a obras, como enalteceu o caderno “Projetos Especiais” do Estadão, lançado impresso em 15/12; 

A questão passa também, e muito, por preservação dos mananciais, despoluição dos rios, coleta e tratamento universal de esgoto, além da ênfase em educação ambiental...  Isso tudo faz parte de uma “Nova Cultura da Água”, que a Aliança quer difundir. 

Em 2016 a atenção continua, porque a situação continua preocupante.  Essa tendência mundial, até que a humanidade reverta os velhos hábitos,  deverá permanecer por muitos anos...

 

13/Out/2015
Em data escolhida simbolicamente, para se contrapor à risível outorga de homenagem em Brasília ao governo do Estado como bom gestor da crise hídrica, o movimento Aliança pela Água chamou a imprensa para lançar o “Relatório de Violação dos Direitos Humanos na Gestão Hídrica do Estado de São Paulo”. 

 

Lançamento do relatório com chamamento da imprensa.Lançamento do relatório com chamamento da imprensa.

 

Esse documento aponta indícios de violações de direitos humanos, a partir da falta de planejamento para enfrentar essa crise anunciada, dado o desenfreado crescimento da população na mancha urbana da metrópole paulista nas últimas décadas.  O relatório mostra que faltou precaução para evitar chegarmos ao ponto atual, houve superexploração dos recursos, não implantação de medidas de contingência previstas em lei, identifica contratos especiais com grandes clientes comerciais e industriais que estimulam o uso irracional da água, interrupção arbitrária e não comunicada de fornecimento de água à população, evidenciando uma falta de transparência, entre outros aspectos relatados na publicação. 

 

Mesa condutora do encontro.Mesa condutora do encontro.

 

Leo Heler, relator da ONU para direitos humanos à água e ao saneamento, participou de todo o encontro via Skype.  Seu relato foi:  “Tanto fiquei bem impressionado com a reunião que tivemos em Abril, em SP, quanto fiquei muito impressionado com o relatório que vocês elaboraram.  Mostra uma enorme responsabilidade, um enorme engajamento, enorme compromisso com as populações mais vulneráveis da região atingida pela crise de abastecimento, e bastante rigor, precisão, e abrangência na abordagem sobre possíveis violações. Me lembro, em Abril, quando foram apresentados relatos, com estatísticas, com dados concretos, com documentos, sobre o que acontecia na região, e foram apresentados depoimentos emocionados, que constatavam como  uma família muito pobre, um morador de rua, se via impactado pelo processo que ocorre em SP. O caminho a partir de agora, da minha parte, é avaliar com mais cuidado ainda o relatório, e a partir dele elaborar uma consulta ao governo do país. O relator especial [Heller] tem a liberdade de dialogar com os movimentos sociais, mas sua interlocução oficial é com os governos dos estados membros das Nações Unidas. O processo formal a partir  de agora é apresentar ao governo o que se chama de Carta de Alegação, na qual terei que fazer uma síntese das informações apresentadas, dizendo que eu recebi essas denúncias, e perguntando ao governo sobre a sua posição com relação a elas, sobre o que tem feito e o que pretende fazer para minimizar os problemas relatados”, afirmou textualmente o relator da ONU.

  

22/Set/2015
A 14ª Conferência Produção Mais Limpa deu destaque à crise hídrica. A mesa sobre o tema, com mediação de Edison Carlos, teve o presidente da Sabesp, Jerson Kelman. Para ele a situação continua grave e, embora a situação ainda requeira conscientização e economia dos paulistas, “não há perspectiva alguma de rodízio de água”.  Sobre o combate aos vazamentos, Kelman afirmou que é um processo lento.  “Tóquio tinha perda de 70%, hoje perde 3%, mas foi um processo de décadas.  A rede de distribuição de água em São paulo é enorme, dá várias voltas ao mundo,  não tem recursos financeiros nem humanos para fazer isso”, afirmou.  Segundo Kelman as perdas físicas de água hoje são da ordem de 19%. 

Edson Carlos, Jerson Kelman, Stela Goldenstein.Edson Carlos, Jerson Kelman, Stela Goldenstein.

Stela Goldenstein, diretora da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, fez uma ampla exposição mostrando desafios e aprendizados da luta por uma nova cultura da água.  Para ela a gestão da crise e a superação sustentável (não ter novas crise no futuro), são duas coisas têm que andar em conjunto. “Temos que trabalhar para ter uma agenda positiva de ação.  Temos que envolver a sociedade e os municípios em uma estratégia em comum, que seja discutida e compactuada”. Por várias vezes Stela afirmou que não existem saídas fáceis, e nada que se resolva com rapidez.  “Temos que pensar na sustentabilidade como uma estratégia permanente, com ações de médio e longo prazos para uso sustentável da água, reúso e proteção dos mananciais”.  Para ela o uso prioritário da água é o abastecimento público.  Ela fez críticas à nossa “cultura da abundância”: “A gente tem a expectativa que vai ter sempre água, então temos dificuldade de fazer controle de perdas e de introduzir tecnologias poupadoras...  E agora temos um novo fator interferindo nos processos de decisão, que é a incerteza metereológica”, afirmou Stela, em uma exposição com muitos slides que durou quase 50 minutos.

 

19/Set/2015
O portal acompanhou o trabalho do coletivo Aliança pela Água, que levou informações sobre a crise hídrica para a comunidade da Brasilândia.  Seria uma aula-aberta na Casa de Cultura da Brasilândia, mas devido à presença do prefeito no bairro nesse mesmo dia, entre outros eventos, o encontro foi transferido para a Casa de Cultura do Jardim Damasceno.  Foi muito válido para quem compareceu.  Veja cobertura detalhada AQUI

Regiane Nigro, da Aliança, coordenou o encontro.  (foto: Ronaldo Lages)Regiane Nigro, da Aliança, coordenou o encontro. (foto: Ronaldo Lages)

 

10/Set/2015
O coletivo Aliança pela Água fez sua 4ª reunião aberta de 2015 no Espaço Coletivo Aldeia, em Pinheiros. Após mais de 40 dias de queda sucessiva, os níveis dos sistemas Cantareira e Alto Tietê voltaram a subir com as recentes chuvas. Porém isso não deve enganar a percepção de que o risco ainda é muito grande: o sistema Cantareira está negativo em 13,6%, ou seja, ainda está retirando água do “volume morto”. E o sistema Alto Tietê está em situação ainda pior. 

Foram reforçadas as três premissas básicas do movimento: 1 – A água é um direito humano, não uma mercadoria. 2 – Todos os níveis de governo têm responsabilidade. 3 – É fundamental recuperar e proteger os mananciais de água. A missão da Aliança é propor uma nova cultura de cuidado com a água. 

Parceiros presentes a reunião aberta da Aliança pela Água.Parceiros presentes a reunião aberta da Aliança pela Água.

A atual crise hídrica é resultado de uma série de fatores, entre eles uma gestão baseada em obras e em ampliação do consumo, a degradação dos mananciais e dos cursos d´água, o déficit de chuvas e a falta de comunicação e de controle social sobre essa situação. 

O movimento Aliança pela Água já lançou produtos como o Guia de Sobrevivência para a Crise Hídrica, os sites www.aguasp.com.br e www.saladecrise.com.br, o aplicativo #tafaltandoagua, que indica onde falta água, e está preparando aulas abertas para serem levadas à periferia. O ZNnaLinha é membro da Aliança e vai ajudar na produção de aulas abertas na região. 

Entrevistador, promotor de Justiça Ricardo Castro e Marussia Whatelly, da Aliança pela Água.Entrevistador, promotor de Justiça Ricardo Castro e Marussia Whatelly, da Aliança pela Água.

 

20/Ago/2015
O nível do Sistema Cantareira cai pelo 20º dia consecutivo, tornando a situação extremamente preocupante.  Para agravar, o Sistema Alto Tietê, que abastece 4 milhões de habitantes na parte Leste da Grande SP, está em um quadro ainda mais crítico.  Foi com esse panorama que o Ministério Público de São Paulo convocou uma audiência pública sobre a crise hídrica, convidando técnicos, ambientalistas e interessados.  O portal acompanhou a audiência durante a tarde, quando foi aberta a palavra ao público. 

Momento da audiência no Ministério Público de São Paulo.Momento da audiência no Ministério Público de São Paulo.

Os principais temas colocados pelo público foram: falta de transparência pelo poder público responsável pelo abastecimento; risco de desabastecimento de alimentos, devido à falta de água na região do cinturão verde (Mogi das Cruzes e região); utilização da água de reuso; plantio de matas ciliares para proteger os cursos d´água; impacto de obras nas áreas de mananciais (exemplo: construção de 4 mil apartamentos no Parque dos Búfalos, junto à Billings); falta de um conceito de governança para a água; impacto da nova lei de zoneamento sobre o abastecimento de água; apontamento de doenças causadas por água contaminada; a discriminação que restringe o abastecimento na periferia, deixando regiões “nobres” isentas desse desconforto; fim dos contratos de “demanda firme” da Sabesp (grandes empresas têm descontos quanto mais consomem água), entre outros temas. 

Um dos promotores pediu a palavra para repudiar a ausência de representantes do governo estadual, como Sabesp, DAEE e secretarias afins. 

Público presente na tarde do 1º dia (foram dois dias de audiência).Público presente na tarde do 1º dia (foram dois dias de audiência).

 

03/Ago/2015
Há quase 40 dias o nível do Sistema Cantareira não sobe.  Permanece estável ou cai.  Nos últimos 5 dias só caiu...  A segurança hídrica da Grande São Paulo está nas mãos de São Pedro.  As chuvas de Fevereiro e Março salvaram a região de uma catástrofe ambiental, quando o sistema encerrou o mês de Janeiro último com apenas 5% de capacidade.  Hoje está em 18,4%, ainda usando o volume morto. 

Como devemos tratar a água?  Como um direito ou como uma mercadoria?Como devemos tratar a água? Como um direito ou como uma mercadoria?

Os alunos do 3º ano Médio do Colégio Neolatino assistiram à palestra sobre a crise hídrica.   Durante uma hora conheceram como funciona o sistema Cantareira, quais os outros sistemas que abastecem a Grande São Paulo, e quais os grandes problemas a serem encarados para mudar essa grave situação. 

A palestra é baseada no conceito de que água é vida.A palestra é baseada no conceito de que água é vida.

 

18/Jun/2015
Menos nervosos do que na 1ª reunião de Janeiro (quando o risco de catástrofe ambiental era real), porém atentos à situação ainda crítica, os membros do coletivo Aliança pela Água fizeram sua 3ª reunião aberta, para apresentar um balanço do que foi feito até aqui e montar uma proposta de atuação nos próximos meses. O nível total de água nos diversos sistemas que abastecem a Grande São Paulo é pior neste começo de Inverno do que no mesmo período em 2014. 

Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água.Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água.

ONGs de expressão como SOS Mata Atlântica, WWF, Greenpeace, ISA, compõem a Aliança pela Água, ao lado de entidades com atuação local e propostas alternativas, como o uso de cisternas e práticas de reflorestamento.  Os meses a seguir serão de monitoramento da situação, e o movimento pretende manter a agenda de reuniões abertas bimestrais, enquanto seguem os trabalhos divididos em grupos de ação. 

Representantes das entidades.  O portal ZNnaLinha faz parte da Aliança.Representantes das entidades. O portal ZNnaLinha faz parte da Aliança.

Após lançar em Dezembro de 2014 uma Carta Aberta, e em Março deste ano o Manual de Sobrevivência para a Crise, a Aliança pela Água começa a preparar um manifesto pautado na construção de uma “nova cultura” para enfrentar a escassez hídrica, cuja realidade deve prosseguir nos próximos anos.

Mais informações no site do movimento, onde pode ser baixado o Manual de Sobrevivência para a Crise:  www.aguasp.com.br

 

06/Mai/2015
O Rotary Club Vila Guilherme convidou o portal para uma palestra sobre a crise hídrica. E lá fomos nós!  Interessados em uma palestra sem custo, contatem pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

Palestra A Crise Hídrica para membros do Rotary V. Guilherme.Palestra A Crise Hídrica para membros do Rotary V. Guilherme.

 

04/Mai/2015
Os membros e convidados do Rotary Club Tremembé acompanharam a palestra A Crise Hídrica, e souberam que a situação é grave, que a vazão afluente (água que chegou) ao Sistema Cantareira em Abril foi menor do que a média, e que estamos hoje numa situação pior do que no mesmo momento do ano passado.   A esperança é que as chuvas retornem em Setembro, após o período seco.   Alguns acharam a palestra muito “pessimista”... 

Palestra A Crise Hídrica para o Rotary Club Tremembé.Palestra A Crise Hídrica para o Rotary Club Tremembé.

Mas o fato é que se as chuvas não voltarem na Primavera (em 2014 elas não voltaram), pode-se esperar por momentos muito difíceis, especialmente para os moradores da Zona Norte, totalmente dependentes do Sistema Cantareira. 

Membros do Rotary Tremembé durante a palestra.Membros do Rotary Tremembé durante a palestra.

 

15/Abr/2015
Ao assistir a palestra sobre a crise hídrica no Rotary Noroeste, Maria Valéria Damas, presidente do CONSEG Pereira Barreto, convidou o palestrante para repetir a apresentação em sua reunião mensal.  Assim foi feito, e mais 25 pessoas puderam discutir a questão, enriquecendo sua consciência sobre essa importante realidade que afeta a cidade e seus moradores. 

Palestra apresentada na reunião do CONSEG Pereira Barreto, em Pirituba.Palestra apresentada na reunião do CONSEG Pereira Barreto, em Pirituba.

 

25/Mar/2015
O Rotary Club Noroeste convidou amigos de outros clubes Rotary para acompanhar a palestra sobre a crise hídrica.  Ao final muitas perguntas e opiniões foram apresentadas, porque a questão tem várias enfoques possíveis.  Muitos números foram apresentados e foi deixada a indagação: a água é um direito ou uma mercadoria? 

Momento da palestra ao Rotary Club Noroeste, em Pirituba. (Foto: Freire Foto e Vídeo)Momento da palestra ao Rotary Club Noroeste, em Pirituba. (Foto: Freire Foto e Vídeo)

25/Mar/2015
Como membro da Aliança pela Água, o portal participou da reunião coletiva no Espaço Crisantempo, na Vila Madalena.  Foram mais de três horas de atualizações das atividades de cada parceiro.  O ponto principal é que precisamos buscar uma nova cultura no consumo e na gestão da água nos centros urbanos, ou melhor, no planeta.  Entre no site da Aliança e baixe o Manual de Sobrevivência na Crise.  Está em www.aguasp.com.br  

2ª reunião coletiva do movimento Aliança pela Água em 2015.2ª reunião coletiva do movimento Aliança pela Água em 2015. 

23/Mar/2015
Agora foi a vez dos alunos do 3º ano Médio do Colégio Dom Bosco participarem da palestra da crise hídrica. Conceitos como Água Direto X Água Mercadoria, o detalhamento do Sistema Cantareira e informações sbre o grande consumo de água per capita/dia foram transmitidos aos alunos.  Apesar de ter chovido muito nos meses de Fevereiro e Março, o Sistema Cantareira continua negativo, sendo necessário persistir na economia de água a todo instante. 

Consciência ambiental através da economia de água, para os alunos do 3º Médio.Consciência ambiental através da economia de água, para os alunos do 3º Médio.  

13/Mar/2015
Voltamos ao Colégio Passionista São Paulo da Cruz para apresentar a palestra A Crise Hídrica. Agora para os alunos do 9º anos, e 1º e 2º anos do Médio. Divididos em três grupos, cerca de 400 jovens ouviram e participaram da palestra, em que se apresentam números impressionantes do consumo de água na Grande São Paulo, e se estimula a reflexão sobre essa séria questão que envolve a todos. 

Alunos ligados na questão hídrica.Alunos ligados na questão hídrica.

 

05/Mar/2015
Cobrimos a apresentação da posição da SABESP sobre a crise hídrica, feita por José Júlio Fernandes, superintentente da Unidade Norte da empresa, na Distrital Norte da ACSP. Veja detalhes AQUI.

A posição da SABESP pelo superintendente Norte da empresa.A posição da SABESP pelo superintendente Norte da empresa.

 

02/Mar/2015
Dois eventos aconteceram ao mesmo tempo na Câmara Municipal, debatendo os problemas da crise de falta d´água.  O “Segundas Ambientais”, promovido pelo vereador Ricardo Young, foi uma roda de conversa com especialista, com a presença de cerca de 40 pessoas no auditório do 1º subsolo. 

Segundas Ambientais discutiu a crise hídrica.Segundas Ambientais discutiu a crise hídrica.

Ao mesmo tempo, no auditório do 1º andar, acontecia o debate sobre cidades sustentáveis, promovido pelo vereador Police Neto, tendo a água como foco central. A arquiteta Mia Lehrer falou sobre a experiência de Los Angeles, que também passa por uma grave seca.  O arquiteto Carlos Leite relatou a experiência da cidade de Piracicaba.  O engenheiro Domingos Pires focou na importância do planejamento econômico para o desenvolvimento das cidades.  Foi sentida a falta do economista Gesner Oliveira, que estava na programação do evento.  Ele foi presidente da SABESP por 4 anos, e poderia dar explicações sobre a situação atual. 

Três técnicos falaram sobre as cidades e a questão da água.Três técnicos falaram sobre as cidades e a questão da água.

 

27/Fev/2015
Cerca de 80 alunos do Ensino Médio do Colégio Nova Cachoeirinha participaram da palestra A Crise Hídrica, recebendo dicas de atitudes para colaborar e enfrentar a falta d´água. 

O grande Teatro Cerroni, do Colégio Nova Cachoeirinha, recebeu a palestra.O grande Teatro Cerroni, do Colégio Nova Cachoeirinha, recebeu a palestra.

 

25/Fev/2015
Com pequenas adaptações, o portal formatou a palestra A Crise Hídrica para alunos do Ensino Médio.  A mesma foi apresentada para 70 alunos do colégio Passionista São Paulo da Cruz, no Tucuruvi. 

Levando o conhecimento da crise hídrica para jovens do Ensino Médio.Levando o conhecimento da crise hídrica para jovens do Ensino Médio.

 

24/Fev/2015
O grupo Aliança pela Água convidou a população para uma “aula aberta”, oportunidade em que diversos técnicos e estudiosos puderam passar seu conhecimento para os interessados.  Cerca de 150 pessoas assistiram ao evento. 

Aula aberta sobre a crise hídrica, no vão do MASP.Aula aberta sobre a crise hídrica, no vão do MASP.

 

23/Fev/2015
O Rotary Mandaqui convidou o portal para fazer uma apresentação da palestra A Crise Hídrica, assistida por cerca de 20 pessoas. 

Reunião do Rotary Mandaqui no restaurante Arcos da Cantareira.Reunião do Rotary Mandaqui no restaurante Arcos da Cantareira.

 

12/Fev/2015
A comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Natalini, fez a sua primeira reunião do ano discutindo a situação da falta de água na região metropolitana.  Estudiosos como Marussia Whately (Aliança pela Água) e Malu Ribeiro (SOS Mata Atlântica) e o professor Hespanhol, especializado em tratamento de esgoto, apresentaram suas sugestões para o enfrentamento da crise. 

1ª reunião do ano da comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal.1ª reunião do ano da comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal.

 

09/Fev/2015
O movimento Santana Viva convidou o ZNnaLinha para fazer uma apresentação sobre a situação do abastecimento.  Isso incentivou o portal a preparar a palestra A Crise Hídrica, que foi apresentada para cerca de 40 pessoas no auditório da Infraero, no Anhembi. 

Primeira apresentação da palestra A Crise Hídrica.Primeira apresentação da palestra A Crise Hídrica.

 

06/Fev/2015
Reunião chamada pela FECOMÉRCIO teve a presença do secretário estadual de Recursos Hídricos Benedito Braga, que apresentou a situação da crise hídrica pelo olhar do governo, e relacionou as obras em andamento.  Nenhuma obra de curto prazo para o Sistema Cantareira. O plano B para os moradores servidos pelo Cantareira é apenas e tão somente o rodízio. 

José Goldembeg e Benedito Braga na FECOMÉRCIO.José Goldembeg e Benedito Braga na FECOMÉRCIO.

 

05/Fev/2015
Audiência Pública na Assembléia Legislativa para discutir a crise da água, chamada pelo deputado estadual Carlos Giannazi. Jovens de diversos grupos levaram suas propostas alternativas.  O evento durou quase cinco horas. 

Auditório lotado na ALESP.Auditório lotado na ALESP.

 

27/Jan/2015
Reunião do grupo de trabalho de comunicação da Aliança pela Água, para discutir estratégias de comunicação interna e externa do coletivo.

Reunião do GT de comunicação, na Faculdade de Saúde Pública da USP.Reunião do GT de comunicação, na Faculdade de Saúde Pública da USP.

 

21/Jan/2015
O portal se une ao coletivo Aliança pela Água, para formar um grupo de ação da sociedade civil, visando pressionar o poder público a sair da sua letargia e mutismo e também levar informações e propostas para a população.

Reunião do coletivo Aliança pela Água na Vila Madalena.Reunião do coletivo Aliança pela Água na Vila Madalena.

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