Distrital Nordeste – 30/Ago/2016

      Atendendo a uma demanda dos comerciantes da rua Maria Cândida, preocupados com a possível implantação de uma ciclovia nessa importante via comercial da Vila Guilherme, a Distrital Nordeste da Associação Comercial de SP convocou uma reunião com representante da CET, para debater essa e outras questões ligadas ao viário da região.

 

Paulinho, Dudu (CET), Michel e Beto na mesa diretora do encontro.Paulinho, Dudu (CET), Michel e Beto na mesa diretora do encontro.

 

PREOCUPAÇÃO – O auditório lotou com a presença de comerciantes e lideranças locais, que viram o superintendente da Distrital Nordeste, Michel Wiazowski, entregar um abaixo assinado com 1156 assinaturas para o assessor da CET Alexsandro de Almeida, o “Dudu”, como é conhecido na comunidade.  “Estamos aqui pensando na economia, porque todo mundo tem o direito ao trabalho.  Nossa preocupação não é contra o ciclista, mas sim manter os empregos na Maria Cândida”, afirmou Michel, espelhando o temor do comerciantes dessa rua com a possível implantação de uma ciclovia e o conseqüente afastamento dos clientes e demais dificuldades operacionais do comércio.

 

REVISÃO –  Beto Freire, diretor do CONSEG V. Guilherme, elogiou a atitude dos comerciantes, que agiram para tentar reverter uma situação ameaçadora.  Ele expressou que algumas ciclovias estão em desacordo com o desejo da população e pediu sensatez aos responsáveis pela implantação.  O assessor parlamentar  Paulinho afirmou que é morador e faz compras na Maria Cândida:  “Do jeito que está, não dá.  Na av. Cerejeiras, perto do Supermercado Dia, é brincadeira!  A nossa ideia  é que as faixas têm que ser revistas, senão não haverá mais emprego. Na rua José Ventura Batista o comercio está fechando as portas, porque não conseguem parar pra descarregar!”, afirmou Paulinho.

 

Momento da reunião.Momento da reunião.

 

SEM CICLOVIA! – Alexsandro de Almeida, o “Dudu”, assessor da Gerência de Relacionamento com o Munícipe da CET, tratou de logo esclarecer aos presentes: “Na Maria Cândida não vai haver ciclovia.”  Ele afirmou que o plano cicloviário para a região foi discutido com a subprefeitura local, com a atuação direta do subprefeito Gilberto Rossi, e desde o início nunca foi cogitado implantar ciclovias nem na  rua Maria Cândida, nem na rua Chico Pontes.  O que a comunidade andou vendo foram estudos em campo, para realizar a interligação de duas ciclovias, a da rua Curuçá com a da av. Guilherme.

 

INTERLIGAÇÃO – Segundo o assessor Dudu, o departamento cicloviário da CET deverá fazer a interligação da ciclovia da rua Curuçá com a da av. Guilherme, que são distantes cerca de 300 metros uma da outra.  A opção prioritária é fazer a interligação usando a larga calçada da rua Chico Pontes, exatamente em frente ao antigo Mart Center.  Porém há um pequeno trecho em que um gradil do terreno deixa a calçada estreita, e para recuar esse muro seria necessária uma negociação demorada.  Por isso existe uma opção alternativa, que é fazer a interligação pela rua Cássio de Almeida e pelo último quarteirão da rua Maria Cândida, para ligar com a rua Curuçá.  Esse último trecho da rua Maria Cândida é largo e praticamente sem comércio, o que não afetaria os lojistas.

 

DEFESA –  .  O assessor da CET afirmou que o departamento cicloviário há 20 anos estuda a implantação de ciclovias na cidade, que está no Plano de Metas da atual gestão implantar 400 km de ciclovias, em uma cidade que tem 17.000 km de vias para carros.  “Nós só estamos tirando 400 km, que ficam segregados para aquelas pessoas que decidirem usar a bicicleta”, afirmou Dudu.   Ele justificou a falta de consulta aos moradores, alegando que quando a CET vai implantar uma faixa de pedestre ou uma faixa de rolamento para carros, ela também não pede autorização do comércio para fazer essas intervenções. 

 

Auditório da Distrital Nordeste lotado para discutir as ciclovias.Auditório da Distrital Nordeste lotado para discutir as ciclovias.

 

BURACOS  –  Indagado sobre a má qualidade de muitas ciclovias, com buracos, o assessor afirmou que a CET, quando vai fazer uma ciclovia, produz um dossiê relatando a situação do trajeto, com os buracos, podas necessária, situação de guias, e envia esse dossiê para as subprefeituras.  “Algumas subprefeituras conseguem fazer [os ajustes], outras não”, relatou o assessor.  Quando esses ajustes não são feitos, a empresa que implanta a ciclovia acaba “passando tinta nos buracos”, e a correção só é feita posteriormente.   Dudu justificou que, se fosse esperar condições perfeitas, não se faria nem 100 km de ciclovias.  

 

FINALMENTES  – O público presente nos geral fez críticas quanto à forma como o programa de ciclovias está sendo implantado.  Quando o assessor afirmou que ainda falta mudar a posição das faixas amarelas no centro da av. Guilherme, e que isso estaria causando uma dificuldade para a convivência de carros e ciclovia em um dos lados da avenida, um dos presentes no encontro reclamou que esse ajuste já deveria ter sido feito, e está demorando demais.   Porém a reunião foi seguindo para o seu encerramento sem maiores discussões, porque a questão principal fora respondida logo no começo da reunião:  a rua Maria Cândida não terá implantação de ciclovia em seu trecho comercial. 

 

Minudências:
@ O assessor da CET afirmou que o lado esquerdo da rua Maria Cândida está todo liberado para estacionamento, salvo no trecho próximo à rua Joaquina Ramalho, que é mais movimentado.
@ Ele se colocou à disposição para discutir com os comerciantes a instalação de pontos de carga e descarga de mercadorias, e de vagas especiais para idoso, ao longo da rua Maria Cândida e em outros locais.  Se forem viáveis, esses pontos podem ser instalados sem problema, afirmou.
@ Foi cogitada uma pequena extensão da nova interligação próximo à av. Guilherme, para acessar o novo Centro Cultural Casarão, na praça Oscar Silva.
@ Clique AQUI para ver a página do Sistema Cicloviário da CET
@ A Distrital Nordeste fica na av. Guilherme Cotching 1070, Vila Guillherme. O superintendente Michel Wiazowski convidou todos os comerciantes a se associarem à Associação Comercial, para juntos lutarem pelo desenvolvimento econômico da região.

Postar comentário

0
  • Nenhum comentário encontrado