Coordenadoria de Saúde Norte – 04/Set/2015

      Depois de visitar três equipamentos de saúde em Perus e na Brasilândia, o secretário municipal de Saúde Alexandre Padilha se reuniu com conselheiros comunitários na sede da Coordenadoria de Saúde Norte, em Santana.  Foi a oportunidade dos conselheiros expressarem várias insatisfações sobre o atendimento de saúde pública na região, e cobrar soluções para problemas.

 

Conselheiros na reunião.Conselheiros na reunião.

DEMANDAS 1 – Cerca de 20 pessoas se apertaram na pequena sala de reunião para falar com o secretário Padilha e o coordenador de Saúde Norte Alberto Alves Oliveira.  A conselheira Maria Paula do Carmo começou afirmando que falta diálogo entre a gestão pública e os conselhos de saúde, que segundo ela devem ser chamados para participar.  Alex Marchiorato se mostrou preocupado com a indefinição da Organização Social (OS) que vai gerir 14 equipamentos da região do Jaçanã/ Tremembé.  Nelson Ferreira pediu máxima urgência na construção da UPA no Jaçanã e do pronto-socorro na Vila Maria, e mostrou preocupação com a situação do Hospital “Vermelhinho”.

DEMANDAS 2 – O conselheiro Paulo Moura pediu definição na ampliação do CAPs Infantil da Vila Maria, pois o terreno já teria sido indicado, e apontou que faltam médicos para atender a demanda na região.  O conselheiro José Gimenez expressou que as UPAs de Santana e do Jaçanã, assim como outras UBSs, já estavam prometidas e “até agora nada”. Eduardo de Campos, do conselho gestor de saúde Norte mostrou preocupação quanto à indefinição da OS que vai atender no Jaçanã.  Alex Albuquerque apontou um déficit de 25 médicos na microrregião Jaçanã/ Tremembé, “o que afeta mais de 7.000 atendimentos/ mês”, disse.

DEMANDAS 3 – A conselheira Carminha afirmou que uma consulta hoje só consegue ser marcada para Novembro.  “Como pode?”, indagou, e afirmou que tem esperança que o novo secretário “dê um jeito na Saúde”.  Regina Pedrosa, do conselho gestor do Hospital do Mandaqui, pediu uma aproximação da prefeitura e do governo estadual, apontando a existência no dia anterior de 87 macas com pacientes no pronto socorro do hospital do Mandaqui.  Carlos Alberto, do conselho de trabalhadores de Saúde na ZN, relacionou dificuldade para os trabalhadores. “São questões de uniforme, de material, de local  de trabalho, de transportes”, afirmou Carlos. 

Participação da comunidade.Participação da comunidade. Secretário Padilha e coordenador Oliveira.Secretário Padilha e coordenador Oliveira.

RESPOSTAS: – O coordenador de Saúde Norte Alberto Oliveira afirmou que duas unidades de saúde estão para iniciar: Jardim Fontális e Jova Rural.  Sobre o CAPs Infantil da Vila Maria, afirmou que já tem o terreno e que está programado para o próximo orçamento começar a ampliação.  Sobre o problema com a OS Pró-Saúde, que ganhou a licitação da microrregião Jaçanã/ Tremembé e não assumiu, Oliveira afirmou que existe um processo legal em andamento, e se a Pro-Saúde não assumir, um novo processo licitatório vai começar.  Sobre melhoras do hospital “Vermelhinho” da Vila Maria, afirmou que o hospital teve um aporte de mais de R$ 2 milhões para pagar dívidas, e que está recebendo mais R$ 600 mil por mês para custeio.   Sobre a UPA Vila Maria, disse que está sendo feito um estudo para fazer uma UPA a um custo viável.  A mesma coisa com relação à UPA Santana (onde hoje está o PS Lauro Ribas), que teria um projeto muito caro, que precisaria ser redimensionado. Quanto à UPA São Luiz Gonzaga, afirmou que o terreno ainda não está garantido, ainda falta a outorga do terreno para a obra começar.

SECRETÁRIO 1 – Alexandre Padilha colocou que sua proposta é que uma única Organização Social (OS) assuma todos os equipamentos de uma região. “Vários parceiros na mesma região gera problemas de atendimento e também de controle”, afirmou o secretário.  Ele quer unificar a gestão nas 27 supervisões de saúde existentes. E isso seria feito por um sistema mais rápido, que ele chamou de “manifestação de interesse”, em que as entidades expressariam seu interesse em participar da gestão descentralizada. Isso agilizaria o processo de contratação das OSs. Padilha informou que agora as OSs têm que ter equipe mínima de atendimento nas unidades, e que novos indicadores de avaliação estão sendo usados, não apenas o número de consultas realizadas. 

SECRETÁRIO 2 – Outra meta é expandir a estratégia do programa Médico da Família, atendendo o conjunto da família. Quer integrar UBSs e AMAs que fiquem próximas. “A gente sabe que falta médicos ainda, já tem 280 médicos do Mais Médicos, e estamos falando com o Ministério para trazer mais”, afirmou o secretário. Foi anunciada a contratação de jovens no programa Jovem SUS, que ficaram encarregados de informar e orientar os usuários do sistema em 250 equipamentos na cidade.  Padilha pediu aos conselheiros uns 15 dias para definir o que poderá ser construído ainda no ano e meio que falta para encerrar essa gestão.  Desse pedido se deduz que uma devolutiva desse encontro com os conselheiros será muito bem-vinda no futuro próximo.

Minudências:
@ Padilha pediu participação e sugeriu a criação de uma “comissão de acompanhamento das obras” para que a comunidade acompanhe o andamento de cada obra, para “ficar no calcanhar do pedreiro, do mestre-de-obra, pois às vezes no andamento da obra aparece uma ideia nova” considerou.
@ A Coordenadoria Regional de Saúde Norte é divida em cinco Supervisões Técnicas de Saúde e cada um tem um responsável.
@ As supervisões são: Santana/ Jaçanã/ Tremembé, Freguesia do Ó/ Brasilândia, Vila Maria/ Vila Guilherme, Pirituba/ Perus e Casa Verde/ Cachoeirinha/ Imirim.
@ A Coordenadoria de Saúde Norte fica na rua Paineiras do Campo 902, Santana, próximo à praça Campo de Bagatelle.

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