Divisão Regional Pirituba – 27/Jan/2015
A primeira reunião comunitária da Sabesp unidade Pirituba teve grande comparecimento de público. Além das demandas normais sobre os serviços de água e esgoto feitos pela empresa, a população também queria saber mais sobre a crise hídrica. Cerca de 60 pessoas compareceram, e 26 pessoas pediram a palavra para colocar dúvidas e relatos.
ECONOMIZAR – Reginaldo Prado, técnico da Sabesp responsável pelo contato com a comunidade, deu informes gerais e em seguida chamou os gerentes Ronaldo Leite (comercial) e Reinaldo Cruz (manutenção) para responder às perguntas. Leite iniciou sua fala com três palavras de ordem: “economizar, economizar e economizar”. Ele explicou a situação do Sistema Cantareira, e afirmou que “os hábitos vão ter que mudar”, com relação ao consumo de água. Para Leite, é imprescindível que toda casa, todo edificação, tenha uma reservação para 24 horas de consumo de água, evitando a dependência imediata da água da rua.
ALDEIA - Dois moradores da aldeia guarani no Jaraguá, Jacileide e Tiago, relataram que 36 crianças da aldeia tiveram desidratação, e que eles têm sérios problemas com água e esgoto. Afirmaram que o terreno tem duas nascentes, cujas águas precisariam ser analisadas. O gerente Leite lembrou que a aldeia tinha uma caixa de reservação de 10 mil litros, e que a mesma foi desativada não por ação da Sabesp, e assim o abastecimento passou a ser só pela água direto da rua. Ele elencou uma série de problemas para a instalação de rede interna, e se propôs a marcar uma reunião com o pessoal da SESAE, órgão federal que cuida da questão indígena, para ver isso.
DIFICULDADES – Grande parte das perguntas trazia questões novas ou já antigas, relativas a problemas de fornecimento de água ou coleta de esgoto em bairros da periferia. Em geral são situações com dificuldades técnicas, para as quais a equipe de atendimento na reunião demonstrou boa vontade e interesse de dar atenção. Entre outros problemas, destaque para o Ribeirão Vermelho, e para os loteamentos de Parada de Taipas, que têm soluções dificultadas por se localizarem em áreas de risco ou loteamentos ainda irregulares.
CRÍTICAS – Vários moradores relataram dificuldades com a falta de água, devido á crise hídrica, e narraram como estão ajudando na economia de água. A moradora Silgides, da comunidade da Vila Aurora, contou que colocou a sua máquina Brastemp nova para funcionar com água de chuva. “Choveu à uma e meia da manhã, e fui lá pegar água de chuva. Tenho uma coleção de garrafas pet com água de chuva”, contou. O morador Roberto relatou que toma banho em cima de uma bacia, para usar a água do banho como descarga. Houve críticas pela maneira branda como o governo estadual vem gerenciando a crise.
RETORNOS – A reunião foi conduzida de uma forma eficiente, com a digitação das perguntas e das respostas em computador, e visualização através de projeção do datashow. Esse método garante o registro das questões, estimulando a participação. O técnico da Sabesp Reginaldo Prado insistiu que, se o munícipe não tiver o retorno de sua questão através de contato telefônico ou presença de equipe, deve retornar na reunião comunitária do mês seguinte, para cobrar o atendimento.
Minudências:
@ Toda a região de Pirituba/ Jaraguá é servida pelo Sistema Cantareira, que no dia da reunião atingiu 5,1% de sua capacidade, já considerado o uso de dois volumes mortos.
@ As reuniões comunitárias de Pirituba acontecem na última 3ª-feira de cada mês, às 9h.
@ O local das reuniões é a unidade Pirituba da Sabesp, à av. do Anastácio 2445, Pirituba.
@ Contatos com o técnico Reginaldo Prado podem ser feitos pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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