Ponto Independente de Cultura – 04/Set/2016.
Todo mês acontece o Cine Brasilândia com exibição de filmes temáticos no Ponto Independente de Cultura. O evento tem como proposta o debate com jovens da região sobre o tema assistido. "Pariah", de 2011, foi o escolhido da vez. A obra aborda a realidade da comunidade LGBT e preconceitos sofridos pelo grupo no Brasil e no exterior.
Cena do filme “Pariah”.
ALERTA – Marina Cintra é uma das organizadoras do Cine Brasilândia e também é membro do coletivo Movimento Mulheres em Luta. Ela vê nesse tipo de evento uma oportunidade positiva para a ZN. “Fazemos os cines sempre com um debate depois para discutir assuntos importantes para a juventude periférica como racismo, homofobia e machismo. Sempre em busca de conscientizar as pessoas contra opressão e a exploração”, ressalta ela. Os temas e filmes escolhidos podem coincidir com casos de grande repercussão na imprensa, como a cultura do estupro e a violência em geral. “Já exibimos ‘Tatuagem’, para falar da questão LGBT e ‘Preciosa’, para alertar sobre o problema do machismo e da violência contra a mulher”, afirmou Marina.
IMPORTÂNCIA – A estudante Luiza Akimoto sempre frequenta as sessões de cinema e participa dos debates. Segundo ela, esses eventos são importantes para ajudar a criar o senso crítico. “Discussões desse tipo ajudam muito e trocar informações sempre agrega”, relata Luiza. O bate papo aconteceu logo após a exibição do filme, provocando muitas reflexões acaloradas diante do cenário social, em que muitos dos participantes vivenciam cotidianamente. A sessão durou mais de três horas, um evento diferencial para pessoas do bairro que desejam expor seus conflitos, ouvir o próximo e se divertir.
Minudências:
@ O Ponto Independente de Cultura existe há apenas seis meses e fica na rua Paulo Garcia Aquiline 201, Brasilândia.
@ O coletivo Movimento Mulheres em Luta - MML surgiu em 2008, no 1º Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas.
@ O filme “Pariah” conta o drama da adolescente Alike. Enquanto amadurece, ela tem que decidir se deve expressar sua sexualidade abertamente ou viver de acordo com os planos de seus pais.
Texto e Fotos: Ronaldo Lages
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