Jardim Damasceno – 19/Set/2015

      A Casa de Cultura Jardim Damasceno acolheu a divulgação do Manual de Sobrevivência para a Crise e do aplicativo “Tá faltando água”, iniciativas que visam alertar e orientar a população para enfrentar a crise hídrica na cidade. O evento teve a coordenação de Regiane Nigro, do coletivo Aliança pela Água, conjunto de entidades que desenvolve em várias localidades o trabalho de conscientização da população em prol de uma nova cultura para a água.

 

 Momento do encontro que teve a água como destaque.Momento do encontro que teve a água como destaque.

MUDANÇA – O evento originalmente aconteceria na Casa de Cultura da Brasilândia, mas  foi transferido para o espaço do Damasceno de última hora, de acordo com os organizadores da palestra e do coordenador da Casa de Cultura, Dimas Gonçalves.  Nesse dia havia outros eventos de maior porte sendo realizados na região, como a visita do prefeito para inaugurar uma obra, e essa fato forçou a mudança do espaço.

DADOS – O aplicativo já tem ampla aceitação da população, com adesão de mais de 3.600 pessoas.  É só baixá-lo e a partir daí mapear as regiões que já sofrem com a falta de água, como é o caso do bairro do Jardim Damasceno. Segundo Regiane Nigro, para denunciar a falta de água em qualquer local é muito simples:  basta que o cidadão acesse o portal www.saladecrise.com.br  ,  clique em “Tá faltando Água!”, preencher os dados: nome e-mail, endereço completo e período que falta água. As informações serão computadas e gerarão um documento até o dia 30/09 com os primeiros dados quantitativos da pesquisa.

Momento do encontro.Momento do encontro. Regiane Nigro, da Aliança pela Água.Regiane Nigro, da Aliança pela Água.

ORIENTAÇÕES – O Manual de Sobrevivência para a Crise traz informações para a comunidade sobre os motivos da falta de água, como economizar, como se preparar para emergências, orientações de saúde e outras estratégias. Em regiões mais altas da cidade, como no caso do Damasceno, a falta de água já toma grande parte do dia, inclusive, inclusive em escolas de Ensino Médio.

MOBILIZAÇÃO – Segundo Regiane, o governo do Estado não pode mais esconder a situação da falta de água, chegou a hora da população se mobilizar de todas as formas para se safar da crise. Atitudes individualistas também não colaboram em nada, as comunidades mais pobres serão as mais afetadas com a falta de serviço que cada dia é mais latente, afirmou Regiane.

Minudências:
@ Um coffee-break foi oferecido aos participantes antes do evento.
@ Mais de 30% da água tratada é desperdiçada por vazamentos, desvios ou fraudes.
@ O Jardim Damasceno é um dos bairros de mais alta vulnerabilidade social da Brasilândia.  Ele fica encostado no Parque Estadual da Cantareira, no pé da serra, e está sendo atravessado pelas obras do Rodoanel Norte, o que causa danos às nascentes locais.
@ A Casa de Cultura Jd. Damasceno possui uma cisterna para lavar banheiro e regar hortas. O espaço é mantido por moradores de maneira voluntária, e tem sofrido pressões para ser retirado do local onde está hoje.
@ O galpão foi construído em meados da década de 1980 por meio da mobilização de moradores da região.

Texto e fotos: Ronaldo Lages

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